Bem-vindos à CASA DE AMIGOS!

Dou as boa-vindas a todos e faço votos de boas leituras!

A princípio esse era um blog para que eu divulgasse meus poemas e textos. Hoje não sei mais... Talvez, junto comigo, ele tenha se transformado e essa "Casa de Amigos" venha a se tornar não só lar dos meus delírios como também de meus desabafos...

Acompanhem também os textos no Arquivo do Blog (disponível no lado esquerdo da página)...

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domingo, 16 de outubro de 2011

Nenhuma memória esqueceria...

(link perdido)



Quando esquecemos do mundo, não pensamos em nada, apenas nos deixando levar, a vida nos surpreende, como uma bela canção que por anos só você contemplava e, como que por mágica, se descobre em um igual... Perdido em meio a tudo aquilo que você sempre condenou, mas que também sempre viveu...

Não se encontra apenas alguém com os mesmos gostos, mas um igual, por fazer as coisas como você as faria, por te acolher em seus braços como você o acolheria...

Ao som das músicas que muitos desconhecem a noite dançou, não agitada, mas calma, serena com um perfeito ar de eternidade. Carinhos e abraços se tornaram vivos, o som e as letras falavam por si. É uma descrição vaga para uma equação complexamente simples, mística, envolvente, excitante.

As conversas que muito se delongavam não descreviam em si nem um terço daquela complexidade linda, não porque fosse realmente tão complexo, mas porque o homem ainda não sabe explicar o simples e singelo, pois se atém a entender o porque os cristais brilham, e esquecem de pensar apenas o quão belo é o seu brilho...

Não posso descrever aquilo que, como homem, não posso explicar, mas sei que penso, na beleza de cada ato, de cada olhar, de cada toque... Dos carinhos delicados e intensos, como a doçura de uma nuvem tempestuosa em uma tarde terrivelmente abafada e quente, como a maciez dos tecidos, daquela loja estranha no final da rua... Como o despertar de lábios há tanto adormecidos.

É um paradoxo irregular, que coloca o mundano e o divino, o certo e o errado, o medo e o desejo eternamente juntos; que adocica os lábios, enfraquece o corpo, ultrapassa receios e ignora barreiras. E mesmo com tudo isso, não poderia ser o evento mais certo em meio a tanto erro. Não que tenha algo que o condene, a liberdade o exalta e isso basta; mas o mundo faz disso tudo um erro, não por o cometer, mas por o transformar em algo banal, rápido... Ao invés de vivê-lo como realmente deve ser vivido, como realmente ocorreu.

Nenhuma memória, humana ou divina, esqueceria aquela noite, despreocupada e tranqüila, finalizada de uma forma tão incrivelmente divina, na qual duas pessoas se encontraram, verdadeiramente; se reconheceram e se entregaram uma a outra, ao som de melodias tão sacralizadoras e tão profundas que só aquela noite, que só aquelas pessoas, que só aquele evento aceitariam...

Não tem como negar o toque, a vivência, não tem como negar que, por horas, não se sentia na Terra... Pois se estava a voar, mundos a fora, mas simplesmente voando...

domingo, 21 de agosto de 2011

Um brinde aos amigos!

A todos meus amigos,
cujos frutos desse sentimento
enchem minha vida de beleza!


Nem sempre temos tudo o que queremos...

Às vezes nosso mundo parece desabar, perdemos o chão... Mas deixemos o tempo passar, o inverno colorir, o sol brilhar... E veremos que pelo contrário:  a vida apenas fertilizou nosso solo... Momentos ruins nos fazem crescer, o inverno renova o solo, o frio nos faz valorizar o calor...

Nem sempre o que queremos é certo, mas só o temo nos mostra, temos sempre o que merecemos, pois esse é o certo para o nosso momento...

É triste pensar que a sociedade ainda não está pronta para viver com sentimentos, mas é bom ver que aqueles que vivem assim, por mais que caiam, sabem se reerguer, pois a pureza de sua alma fala sempre mais alto...

A maior jóia que o mundo pode ter é a vida, e a vida se alimenta da pureza do amor, da amizade... E é bom saber que, os frutos colhidos quando se sabem regar tudo com amor são sempre belos e radiantes...

Confesso que não tem nenhum poema ou texto de impacto, mas precisava deixar aqui minha marca, meu agradecimento aos amigos e aos bons frutos de sempre, compartilho com vocês esse amor!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Algumas coisas me preocupam mais do que aparentam...




Uma pequena reflexão para a vida...

Algumas vezes eu para para pensar sobre a vida, sobre o passado, talvez o futuro...

Outras vezes eu já acho isso totalmente desnecessário.

Acho que todos fazem isso, não sei.

Sei que em nossas necessidades mais profundas aprendemos o valor de cada momento, de cada sorriso, de cada abraço, de um simples carinho, um desabafo amigo.

É importante prestar atenção nesses detalhes, ainda assim não prestamos. Estamos tão atentos ao mundo que corre sem prestar atenção em nós (mundo esse que nós mesmos criamos e ainda chamamos de "civilizado"), mas não prestamos atenção nas pequenas coisas que realmente importam...

Muitas vezes, cercados de nossos mais íntimos preconceitos cortamos a voz achando que estamos dando salvação, outras criticamos achando que estamos ensinando a crescer... Mas em poucas nos dispomos a escutar antes de julgar, a perguntar antes de salvar, a entender antes de condenar. E quando esse simples ato nos é proposto, ameaçando nossos preconceitos tão íntimos que nem nos damos conta, nós apenas nos retiramos. Todos fazemos isso, mas nenhum de nós para para pensar na dor que o "se retirar" provoca ao outro que, carentemente, espera apenas esse simples movimento de escutar verdadeiramente e falar 'refletivamente' gerando uma discussão que, mesmo dolorosa, será compreendida, evolutiva e amorosa...

Talvez devamos aprender com nossas mães tudo isso, pois elas sabem o valor de cada coisa pequena, de cada gesto, e pouco se importa com o resto que, violentamente, corre, para ela só importa aqueles gestos, aquelas palavras, e falar aquilo que ela sente, mas que ela reflete, que ela compreende. Nenhuma mãe - assim como nenhuma pessoa - é limpa dos preconceitos; mas toda verdadeira mãe é capaz de deixá-los de lado por um bem coletivo (seja a dois, a três, ou a quantos for).

Devemos aprender mais com aquela que nos pôs ao mundo, nos criou, nos ensinou... Devemos deixar de olhar para a janela para ver, sentir, ouvir e entender o balanço que o vagão faz... Mas quantos de nós quer? Quantos de nós realmente irá se dispor? Não importa... Se um a um fizer isso, logo, todos os vagões serão apenas júbilo, paz e verdadeiramente amizade...

Não quero um mundo de certezas, quero um mundo onde incertezas possam conviver com harmonia, respeito e aceitação; não quero um mundo de voz, quero um mundo onde se tenha voz, mas onde também se tenha ouvidos atentos; não quero um mundo massificado, quero um mundo com capacidade de reflexão... Quero um mundo onde amor e amizade não sejam atos, mas continuidades de sentimentos puros construídos na diferença, no respeito e na capacidade de buscar compreender e englobar sempre.

sábado, 5 de março de 2011

Essa Maria!

Dedicado aos 50 anos da minha madrinha, Maria do Rosário Barbosa!

(Madrinha Maria e eu)


“Marias”, Maria...
Do plural ao singular;
Pois em cinquenta anos de história
Quero falar da que nos fez, muitas vezes, pensar.

Não é qualquer Maria,
É essa Maria!
É a Maria das comidas,
Em dia festivo de domingo tardio...
Que quando falta, ah!!! Com que pesar sentimos.
Essa falta da boa filha
Que domingo em domingo,
Cozinha em casa da família.
Todos a mesa reunidos perto,
Bebendo, conversando, às vezes discutindo projetos.
Cuja falta gera caos,
Comida nem sempre igual,
Sabor despedaçado.

Mas não só de comida em sete em sete dias
Faz seu tempo.
Essa Maria é filha, irmã, tia, madrinha, amiga
É vela hasteada de um robusto barco ao vento...
Seus balanços lembram de épocas passadas
Alegremente recordadas.
Sua estrutura lembra o apoio certo
Que nem toda família tem por perto.
Seus mimos recordam a infância,
Quando era orgulhosa de educar crianças...

Essa Maria não tem jeito,
É sempre professora aberta no peito.
Fala o que pensa e não despreza sentimentos.
Ama intensamente e só quem está sempre perto entende:
Por trás de toda dureza e certeza,
Há uma mulher vigorosamente amante,
Brilhantemente filha,
Envolvente como irmã,
Maravilhosa como madrinha,
Indescritível como amiga
E, mesmo que distante do palco eterno de uma escola,
Para todos que realmente conhecem nela o ser eterno de o ser...
Eternamente mestra.

Pois para tanto amor,
Tanta mulher,
Tanto ser...
Só há uma coisa a se dizer,
Em cinquenta anos vivenciado e forjado:
Essa eterna Maria jamais será qualquer Maria;
Essa será sempre especial.
Tão docemente Maria,
Será sempre A NOSSA MARIA!

D'Artagnan Abdias.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Termos poucos...


Talvez essa seja a carta mais sincera que já escrevi,
Mas talvez também seja a mais sonhadora...
Lamentos e lamentos poucos
Todos nos damos,
Mas quase nenhum conta nossos “termos poucos”,
 Nossos sonhos mais sutis.

Noites adentro, encostado no travesseiro,
Vendo o sono fugir e os sonhos reluzir
Juntos àqueles loucos pensamentos...
É isso que me motiva,
Mas queria me motivar mais...

Fico pensando na vida,
Escutando o coração sonhar,
Mas bater tão dolorosamente...
Não tenho mais a idade de acreditar em lindos príncipes
Ou de sonhar com a pessoa perfeita,
Mas escondidamente sonho
Com minha perfeição imperfeita.
           
Penso que é como girar
E girar de braços bem abertos...
Uma hora sabemos que vamos cair,
Às vezes dói, outras nem tanto,
Mas levantamos
E giramos, giramos de novo.
Em algum momento estaremos sabendo girar
Tão bem que,
No máximo,
Só vamos desequilibrar...
           
No canto mais sombrio e aconchegante de nossos momentos
Teço e sonho tempos,
Tempos em que eu não mais choro alentos.
Já amei um dia,
E sei que posso amar mais.
Quero aquela pequena profecia
Que diz de cada homem há um par!

Sei que não sou perfeito
Tão pouco o queria ser
Vejo beleza e sonhos
Naquilo que não se pode ser,
Por esse modo, ser ou ter alguém perfeito
Seria uma triste história de não sonhar.
Mas quero alguém assim como eu,
Imperfeito que ama o perfeito por não o poder tocar!

Sei que o mundo é um mar de rosas:
Cheio de espinhos,
E assim o nosso a dois também o será,
Mas para aqueles que sabem sonhar
Os espinhos sãos escadas
Escadas, escadas, escadas
Pequenas escadas, de preço justo
Para tocar o macio dos sonhos
Das pétalas distantes de beleza pura
Da perfeição imperfeita a se idealizar.

Conto meus momentos,
Não pelos alentos,
Mas pelos sonhos vividos a cada momento.
Alguns, sei que não foram como previsto
Outros foram ainda mais intensos
Mas todos são sonhos vividos
Que me contam contos contentos.

Nessa hora e sonho,
Nessa carta sincera
São os termos poucos que busco atento.
É esse desejo louco de apenas amar.

Sou uma pessoa que sonha,
Mas que não perde o chão,
Com a cabeça nas nuvens, imagino multidão.
Mas é o coração bobo que me faz cantar
Ao imaginar aquela velha cena de alguém a te abraçar...
Sentados no sofá vendo filmes chatos
Evitando contar o tempo, fazendo o amor durar.
São momentos simples, infantilizados
De carinhos bobos e risos longos
Pois para mim, todo termo pouco
Vive nesse jeito bobo.

E aí, ao deitar junto às estrelas,
Com o coração de bobo,
Faço uma prece ao céu:
“Quero alguém pra dividir o mundo...
Tornar vivível todos esses sonhos loucos,
Mesmo que irrealizáveis,
Pois serão nossos termos poucos.”

D'Artagnan Abdias.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A bruxa














A bruxa não somente varre,
Ela bane más energias.
Ela não limpa, purifica.
A bruxa não canta, encanta;
Pois suas palavras são mágicas
E sua boca é santa.
A bruxa controla seus desejos,
Disciplina sua mente,
Conhece seu corpo e anseios,
A bruxa ama a sua vida
Sendo ela simples sutilmente.
E vive seu destino,
Como quem encanta a mente.
A bruxa corre, canta e dança
Mas não perde nunca a pose,
Pois vive na liderança.
Ela é social, cordial e poderosa
E ama intensamente,
Faz ritos, encantos, feitiços e poções,
Mas respeita incondicionalmente.
Mas acima de tudo,
A bruxa é bruxa sempre
E não há, jamais, quem a tente!


D'Artagnan Abdias.